“Ainda dá barato”, diz Paulo Miklos depois de 30 anos de Titãs


Convidado do Tas ao Vivo, o vocalista e ator esteve no Terra para falar de sua carreira e falou sobre a vitalidade da banda
Ainda dá barato”, diz Paulo Miklos depois de 30 anos de Titãs



Diferentemente de diversas bandas internacionais ou nacionais, três décadas de Titãs não fizeram de seus integrantes músicos rancorosos, saudosistas e inimigos. Muito pelo contrário. “Ainda dá barato”, diz o empolgado Paulo Miklos momentos antes de participar do Tas ao Vivo, transmitido pelo Terra na última quarta-feira (21). “Dá barato de estar no palco e poder levar esse patrimônio, que é o nosso repertório, para o público; de estar criando, se divertindo e surpreendendo os fãs”.
O clima de descontração e amizade dentro do Titãs – hoje com Miklos, Mello Branco, Tony Belloto e Sérgio Britto – parece ser tão fundamental que mesmo as diferenças e trabalhos fora da banda são tratados espontaneamente. “Nossa parceria é muito especial. Temos embates e impasses o tempo todo, tudo é discutido, votado e dividido, mas as coisas parece que nascem melhor do que separados”, disse o vocalista e guitarrista do grupo. Porém, o músico concorda que sair do turbilhão é positivo para todos. “Esse trabalhos extra-banda são fantásticos porque você não tem que concentrar tudo na banda. Você pode experimentar coisas fora do que ficou combinando no Titãs”.
Um dos mais ativos fora do grupo, Miklos estreou recentemente seu talk-show na Mix TV, transmitidos às terças-feiras às 22h. Sua carreira de ator também continua ativa. “Acabei de fazer uma participação no Sessão de Terapia, do GNT e dirigido por Selton Mello, e também fiz a locução do curta Feijoada Completa, de Angelo Defanti”, contou.
Mas há outro trabalho que tem consumido muitas horas de Miklos diariamente. Ele é o responsável direto por toda a comunicação do Titãs nas redes sociais. “Acabei assumindo, porque eu já tinha Twitter e Facebook e o resto da banda não sabia por onde começar”, comentou. “É um ótimo canal direto com os fãs. A gente recebe mensagens perguntando quando vamos tocar no Chile, Estados Unidos, Portugal. Aí, posto a agenda de show e as pessoas comentam, vou lá e comento de novo. Aí uma fã posta umas fotos melhores que a do jornal e vou lá e replico. Quando eu vejo já foram três horas na frente do computador”, contou Miklos rindo.
“E sou rígido em relação à rede social. Sou imparcial com tudo o que produzimos e tento colocar tudo que estamos fazendo. Por exemplo, o livro novo do Tony, o meu programa, tudo ganha destaque igual. E os malas eu já corto todos, vou banindo um monte de haters. Só gosto de elogio”, brincou o músico.
Novo disco
A turnê em comemorativa dos 30 anos de Titãs, que saiu pelo Brasil tocando na íntegra Cabeça Dinossauro, terceiro álbum da carreira, de 1986, deu nova carga ao grupo. A energia foi tão grande que o grupo já está criando canções para o próximo disco, prometido para 2014.
“Voltar com o Cabeça Dinossauro foi muito bom porque remexemos no DNA da banda. Estamos super estimulados em criar coisas novas”, disse Miklos. E a banda tem composto. Com projeto de entrar no estúdio apenas no final do ano, o Titãs tem testado diversas músicas nos shows, cortando aquelas que convêm ou mudando as letras e arranjos quando necessário. “O objetivo é fazer as coisas com calma, produzindo o bastante para depois ter coisas para jogar fora. A gente tem tocado algumas delas no show, mas nada garante que elas sairão no disco”, explicou.
Mas uma coisa é certa e acordada dentro o Titãs sobre o novo trabalho. “Ele terá um carga grande de brasilidade. Do nosso jeito, claro, mas será mais explicita. A gente cresceu ouvindo tropicália, Novos Baianos, Clube da Esquina e Mutantes”, explicou.
Fonte:Terra

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