Brasil sofre nova virada da 'carrasca' Rússia e ainda não conquista o tetra

Seleção Brasileira venceu os dois primeiros sets, abriu três pontos de vantagem no terceiro, mas foi derrotada

Se entrou no Ginásio Metropolitano de Tóquio, no início da manhã deste sábado, disposta a espantar parte de seus fantasmas contra a Rússia, a Seleção Brasileira masculina de vôlei saiu de quadra ainda mais 'assombrada'. Após abrirem 2 a 0 e se verem muito próximos da conquista do tetracampeonato da Copa dos Campeões, os comandados de Bernardinho voltaram a sucumbir diante da seleção do leste europeu e foram derrotados por 3 sets a 2, com parciais de 20/25, 22/25, 25/21, 25/17 e 15/9. Desta forma, o título da competição intercontinental não foi conquistado neste sábado e, se antes era questão de tempo, agora não é nenhuma certeza.
Isto porque o Brasil somou apenas um ponto, subiu para dez e, apesar de ainda permanecer na liderança do torneio, agora possui apenas dois tentos de vantagem para os russos e os italianos, que atingiram oito. A Azzurra, aliás, venceu a seleção japonesa neste sábado e tem condições de conquistar o título, já que pega o Brasil, neste domingo, às 01h10 (de Brasília), em confronto direto pela taça da Copa dos Campeões na última rodada. Aos comandados de Bernadinho, resta apenas uma vitória simples para comemorar o tetra. Por outro lado, a Rússia ainda depende do resultado da partida entre brasileiros e italianos para entrar em quadra contra os EUA, no giro final, com chances de título.
Esta foi a terceira derrota consecutiva da Seleção Brasileira diante da Rússia em partidas decisivas – a quarta seguida, contando o jogo da primeira fase na Liga Mundial deste ano. O primeiro tropeço – e mais traumático – aconteceu na final dos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, quando os comandados de Bernardinho abriram 2 sets a 0, tiveram dois match points na terceira parcial e acabaram sofrendo a virada, tendo que amargar a conquista da medalha de prata. O segundo, por sua vez, aconteceu ainda neste ano, na grande decisão da Liga Mundial, em Mar del Plata. A atuação europeia, no entanto, foi mais contundente, e o 3 a 0, inevitável.
Na partida deste sábado, porém, parecia que, enfim, o jejum acabaria. Necessitando de uma vitória por 3 a 0 ou 3 a 1 para conquistar o tetracampeonato da Copa dos Campeões, o Brasil fez dois primeiros sets muito bons. No inicial, logo abriu 12 a 5 e obrigou o técnico Andrey Voronkov a queimar todos seus pedidos de tempo. Sidão, Lucarelli e Wallace apareciam bem, com grande desempenho nos ataques e bloqueios, e os russos também davam ‘uma força’, com seis pontos em erros de saque. No fim, a Seleção verde e amarela anotou 25/20, sem muitas dificuldades.
Algo que mudou na segunda parcial. O gigante (e carrasco) Muserskiy foi para o saque e ajudou a Rússia a abrir 6 a 3 no começo. Lucão devolveu na mesma moeda e empatou o set, que seguiu equilibrado até o meio-de-rede voltar a colocar a bola em jogo. Daí para frente, o Brasil atingiu três pontos de vantagem e só administrou o duelo, encerrando a parcial com 25/22. O título, então, parecia apenas questão de tempo.
Liderados pelo gigante Muserskiy, que fez 20 pontos, russos venceram a quarta partida seguida contra o Brasil

No terceiro set, que poderia definir a vitória e título canarinho, a Rússia começou abrindo boa vantagem. Os comandados de Bernardinho, porém, buscaram o placar e foram para a primeira parada técnica perdendo por 6 a 8. No meio da etapa, o Brasil não só chegou ao empate, como abriu três pontos de vantagem, vendo o tetracampeonato ficar ainda mais próximo. No entanto, os russos voltaram a melhorar seu desempenho e viraram a partida, fechando a parcial em 25/21 e ganhando uma sobrevida na partida.
A Seleção Brasileira sentiu o golpe e iniciou o quarto set muito mal. A Rússia, então, logo abriu 8 a 5 e, após sofrer o empate no 9 a 9, voltou a ficar na frente por três pontos, segurando a vantagem até a parte final. Neste momento, aliás, o ritmo brasileiro caiu consideravelmente, e os europeus massacraram, fechando a parcial em 25/17. O jogo foi para o tie-break, e a Rússia, muito mais confiante, não teve nenhum problema para vencer o jogo. Abriu 8 a 4 logo no início e, com um Brasil esfacelado psicologicamente, encerrou a partida com um 15/9, impedindo, pela terceira vez no período de um ano, a festa verde e amarela pela conquista de um título.

Gazeta Esportiva

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