"O recente corte (do governo) federal dos vales-alimentação (nr: programa de assistência nutricional a indivíduos de baixa renda) vai piorar ainda mais as coisas. Uma cidade dividida em si mesma não consegue ficar de pé. Precisamos nos levantar juntos", acrescentou.
Segundo o informe, bancos de comida e centros de distribuição de sopa tiveram uma demanda 10% maior em 2013, embora 57% tenham sofrido com cortes de gastos privados e oficiais. Quase a metade destas instalações dizem faltar recursos suficientes para responder a uma demanda crescente e que são forçados a recusar pessoas, reduzir as distribuições ou limitar o horário de atendimento.
A pesquisa criticou a disparidade crescente de riqueza entre os nova-iorquinos super-ricos e o resto da população. "O salário de classe média, reajustado pela inflação, é menor do que há uma década. Pobreza, fome e falta de teto dispararam. Quase a metade da população é pobre ou quase pobre", advertiu o informe.
Para o 1,8 milhão de nova-iorquinos que dependem de assistência nutricional do governo, os cortes significam que em novembro uma família com três membros perdeu US$ 29 ao mês ou o equivalente a cerca de 20 refeições. Um quinto do 1,7 milhão de moradores da cidade vive abaixo da linha oficial de pobreza, que prevê rendimentos de US$ 19.090 ao ano para uma família de três pessoas.
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