Corporação afirmou que os militares agora prestam serviços administrativos
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| (Foto: Reprodução) |
Ainda de acordo com a corporação, um Inquérito Policial Militar (IPM) foi instaurado para apurar o caso.. Ao CORREIO, a cantora Joelma Rios, que foi ferida nas nádegas, chegou a afirmar que os militares não se identificaram aos músicos, integrantes da banda de forró Sala de Reboco, do Ceará.
Segundo ela, ao menos 38 tiros foram disparados na direção do carro que ocupavam, uma picape Hilux SW4 preta. Ao menos dois deles atingiram a dançarina Gabriela, que morreu ao dar entrada no Hospital Regional de Irecê. O sanfoneiro Possidônio, que também chegou a ser levado para a unidade da cidade, foi transferido, no dia seguinte, para o Hospital Geral do Estado (HGE), onde ficou até ser levado para o Hospital Regional da Unimed em Fortaleza
Coordenador da 14ª Coorpin Coordenadoria Regional do Interior (Coorpin/Irecê), Almir Fernandes, no entanto, negou ao CORREIO que a viatura dos militares estaria sem identificação. Almir, responsável pela investigação do caso, salientou que, ao todo, dez PMs, de três companhias diferentes, estavam no local, sendo quatro da Rondas Especiais (Rondesp/Chapada), três do 7º BPM e outros três do Pelotão de Emprego Tático Operacional (Peto).
Por meio da assessoria, a Polícia Civil informou, nesta sexta, que “as investigações estão em curso”, mas, que, “neste momento não é interessante detalhar o andamento para não interferir na apuração”.
Entenda o caso
Os integrantes da banda estavam hospedados em Irecê e decidiram jantar em Lapão, cidade que fica a 11 quilômetros de distância. Quando voltaram, na madrugada de sexta-feira, foram seguidos pela polícia que começou a atirar contra o carro.
"O veículo que iniciou a perseguição não identificou que era da polícia, não ligou sirene, não deu alerta para que a gente parasse, nada. Até porque a gente não cometeu nada ilícito. Mas ficamos com medo e mandamos o motorista fugir”, contou.
Ela disse, ainda, que, em um determinado momento, eles chegaram a pensar que a perseguição tinha acabado. No entanto, quando voltaram para a avenida que dá acesso à saída de Irecê, foram surpreendidos pelos PMs em duas barreiras.
“Eles deram 38 tiros”, afirmou. “Saí desesperada gritando que éramos músicos, o sanfoneiro ficou com uma fratura exposta na perna. Foi uma atitude impensada e despreparada”, declarou.
Fonte:Correio da Bahia
