O Veículo Lançador de Satélites (VLS), programa brasileiro que existe desde a década de 60, no qual ocorreu o maior acidente espacial da história, está sendo reestruturado. Nele, da Silva indica que há uma carência muito grande de profissionais da área de propulsão e controle de foguetes. Existe também o Veículo Lançador de Microssatélite (VLM), que lança foguetes de menor porte e tem uma aplicação comercial. “Por meio dele, o Brasil vai tentar dominar o setor da propulsão líquida, utilizada pelos Estados Unidos e pela Rússia”, diz. O programa é de longo prazo: suas previsões são para 2020. Uma grande oportunidade para quem está iniciando os estudos agora.
O coordenador do curso da UFSC Campus de Joinville, Juan Pablo Salazar, diz que a multidisciplinaridade é essencial para o engenheiro aeroespacial. “É um curso desafiador e estimulante, o aluno tem de gostar da área, além de gostar de matemática e física. É preciso disposição”, afirma. O profissional também pode contribuir para outras áreas, gerando produtos econômicos tangíveis, como em medicina, nas cirurgias feitas à distância, que necessitam da tecnologia de comunicação. Ou então no monitoramento de solo, em lugares remotos. Mas os foguetes e satélites no espaço não ficam para trás. “O ser humano está sempre procurando expandir suas fronteiras e hoje, esse horizonte é o espaço”, conclui.
Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o TerraCartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra