Não há informações confirmadas sobre vítimas da troca de tiros ocorrida nesta sexta-feira
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| Fontes internacionais afirmam que os suspeitos estariam mantendo ao menos um refém em uma fábrica ao nordeste de Paris Foto: Pascal Rossignol / Reuters |
A Utoridades francesas cercaram uma pequena cidade no norte da França com policiais antiterrorismo e helicópteros, nesta sexta-feira, depois que ao menos uma pessoa foi feita refém no local e os dois principais suspeitos pelo ataque ao jornal semanal Charlie Hebdo foram avistados.
O refém estaria sendo mantidos em fábrica do setor gráfico (CTD - Création Tendance Découverte). Helicópteros sobrevoavam o local e um cerco policial foi montado.
O ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, confirmou, separadamente, que uma operação policial estava em andamento na cidade, a cerca de 40 quilômetros do local onda a polícia vinha procurando os dois irmãos suspeitos, na quinta-feira.
"Temos indicações da presença dos terroristas que nós queremos pegar", disse o ministro, Bernard Cazeneuve, a repórteres em Paris, após uma fonte da polícia ter dito que havia ao menos um refém em uma instalação industrial de Dammartin-en-Goele.
"Está em andamento uma operação agora em Dammartin-en-Goele, que está mobilizando todos os serviços na região", disse Cazeneuve.
Especialistas atuam nas negociações com os suspeitos em busca da libertação do refém. Segundo emissoras de TV, os possíveis autores do ataque teriam falado por celular com a polícia.
Todos os acessos a cidade foram bloqueados, enquanto policiais se dirigem para o local.
Pela manhã, as forças de ordem perseguiram os dois suspeitos do atentado de quarta-feira, e foi registrado um tiroteio em uma estrada a nordeste da capital, segundo fontes policiais. Os tiros ocorreram em uma área a cerca de meia hora de carro do local onde eram procurados na quinta-feira, segundo as fontes. Não há informações confirmadas sobre vítimas.
Antes do tiroteio, os suspeitos haviam roubado um carro Peugeot 206, em Montagny-Sainte-Félicité, de uma mulher que disse ter reconhecido os irmãos Kouachi.
O site oficial da cidade de Dammartin-en-Goële alertou aos cidadãos (por volta de 8 mil) a ficarem em casa e afirmou que crianças estarão "seguras e protegidas" nas escolas.
Guerra contra terrorismo
O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, declarou nesta sexta-feira que a França está em guerra "contra o terrorismo, não contra uma religião", e estimou que serão necessárias novas medidas "para responder à ameaça".
"Estamos em uma guerra contra o terrorismo. Não estamos em uma guerra contra uma religião, contra uma civilização", declarou Valls.
As forças de elite fizeram buscas durante toda a noite no norte da França pelos dois irmãos suspeitos da autoria do massacre na sede da Charlie Hebdo, que deixou 12 mortos e comoveu o país, tragédia que não impedirá a publicação de um novo número na próxima quarta-feira com uma tiragem de um milhão de exemplares.
Os suspeitos são dois irmãos franceses filhos de argelinos, ambos na casa dos 30 anos e que já estavam sob observação da polícia. Teriam sido eles que na quarta-feira invadiram a sede do jornal semanal de sátiras Charlie Hebdou, em Paris, e mataram a tiros 12 pessoas.
*Com informações da Reuters, AFP e Deutsche Velle.
