Ângelo Goulart Villela, alvo de um mandado de prisão nesta quinta-feira (18/5), é suspeito de negociar propina para vazar informações de investigações sobre a JBS.
O procurador de República Ângelo Goulart
Villela, alvo de um mandado de prisão nesta quinta-feira, 18, é suspeito
de negociar propina para vazar informações de investigações sobre a
JBS. Conforme a delação de Joesley Batista, acionista do grupo, e outros
elementos de prova colhidos pela Procuradoria-Geral da República (PGR),
o esquema teria envolvido a negociação de pagamentos de R$ 50 mil
mensais ao ele.
Villela é
integrante da equipe do vice-procurador geral eleitoral, Nicolau Dino, e
recentemente estava cedido à força-tarefa das operações Greenfield, Cui
Bono e Sépsis, que apura crimes relacionados à JBS. Joesley e os outros
delatores da JBS teriam entregado provas de que o procurador repassou
dados das apurações em curso aos investigados.
O
procurador teria tido encontros com representantes da JBS sem comunicar
aos colegas. Conforme as colaborações, numa ocasião, teria ligado para
um dos investigadores da força-tarefa, na presença de integrantes do
grupo empresarial, e colocado a conversa em viva-voz. Ele também teria
tirado uma cópia de diálogo de procuradores sobre do caso, em grupo
privado do Instagram, e repassado à empresa.
O
procurador é suspeito ainda de gravar uma reunião na qual a
força-tarefa tratava de uma possível colaboração do empresário Mário
Celso Lopes, parceiro de negócios da J&F, holding que controla a JBS
e outras empresas do grupo.
A
reportagem não localizou nesta quinta-feira, 17, representantes do
procurador alvo do mandado de prisão. O gabinete em que ele trabalhava,
no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi alvo de mandado de busca e
apreensão.
